sexta-feira, 3 de julho de 2009

Histórias da Vida Real


As histórias da vida real não são doces e românticas.

Nelas, os personagens são egoístas e auto-centrados. Nelas, os personagens têm sangue e dor.

Essas histórias contam amores mal resolvidos, casamentos por interesse, trabalho sem qualidade de vida, negação da própria identidade, obsessões de todos os tipos e, principalmente, doenças psíquicas não aceitas.

A humanidade está psiquicamente doente, não sou eu quem diz. Basta viver para constatar. O interessante é a dificuldade de as pessoas aceitarem a patologia como condição.

Uns se apegam aos amigos.

Outros, à forma física.

Outros, ao trabalho.

Outros, à religião.

Outros, à promiscuidade.

Outros, aos remédios.

Outros, à bebida.

Outros, às drogas.

Outros, à arte.

Outros, ao isolamento.

Outros, ao cônjuge.

Outros, à comida.

Outros, à matéria.

Outros, ao consumo.

Outros, à obsessão, das mais diversas formas.

E por aí adiante. Aceito sugestões.

Constata-se que a pessoa doente não aceita, não enxerga sua patologia.

Uma consulta no terapeuta vale mais de cem reais.

Nunca os consultórios tiveram tão lotados.

O homem é mesmo uma desgraça ambulante. Nu e de boca fechada, é reduzido ao nada. Somos tão iguais que até arde. Haja visto os campos de concentração.

Quando o homem dar-se-á conta de sua ínfima existência?

Quando encontraremos o sentido da vida?

O que nos diferencia uns dos outros? Aquilo que mais nos aproxima.
Dia após dia, sob ação dos radicais livres, envelhecemos, morremos um pouquinho mais. Com muitas perguntas e poucas respostas.


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