sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Coisas que aprendi


Aprendi que o que vale na vida são as oportunidades, e que devemos estar atentos a elas.

E aprendi que uma oportunidade, de repente, pode mudar o resto de nossas vidas.
Aprendi que vale a pena tentar o impensável.

Aprendi que sempre haverá quem nos julgue o oposto do que somos, mas não devemos nos importar com isso.

Aprendi que são os obstáculos da vida que compõem uma personalidade. O excesso deles nos torna duros e a falta deles nos torna fracos.

Aprendi que uma paixão pode durar uma semana, um mês ou uma vida.
Aprendi que a beleza põe a mesa.

Aprendi que a inteligência é a senhora do mundo.

Aprendi que os instintos falam mais alto do que a razão quando se trata de alma.

E aprendi que ou você se prepara sozinho para a vida, ou o tombo vai ser doído.

E que essa preparação requer autoconhecimento e reflexão.

Aprendi que em amigo ou você acredita, ou você desiste da amizade.

Aprendi que dentro de um corpo forte pode haver uma alma frágil.

Aprendi que é possível gostar de verdade sem ter desejo de posse.


Aprendi que o tempo e o amor curam as dores, e basta um excesso de paz para que nos esqueçamos delas.

Descobri que a lealdade é preciosa.

Aprendi que é preciso sensibilidade para enxergar o próximo.

E muito mais para saber uma mulher.

Aprendi que há vagalumes que não brilham só no escuro.

Aprendi o significado da palavra sorte.

Aprendi que a sedução seduz.

Que o desejo cega.
Aprendi que os frutos de uma mesma árvore podem ser de diferentes sabores.
E as virtudes podem ser relativas.

Aprendi que um sonho pode custar muito caro.
Que há pessoas e coisas que o dinheiro compra.

E os maiores sonhos e as maiores pessoas são conquistados de graça.

Aprendi a confiar na intuição acima de tudo.
E a ouvir a voz interior.

Por fim, aprendi que não há limites para nossa felicidade nesta vida.

E, AMANDO, a gente tem o Universo em nossas mãos.
SENDO, a gente pode tudo!

E ser... Só depende de nós!


Que em 2010 a gente seja a totalidade!
Feliz Ano Novo!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Thank you


Agradeço ao Universo este ano de 2009!

Maravilhoso e iluminado!

Cada segundo de amor e cada segundo de lágrimas valeram!
Que em 2010 todos possamos nos iluminar ainda mais e tornar este planeta um lugar melhor pra se viver!
Beijos!!!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pipocas - Rubem Alves


Pipocas...

Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca.

É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. ‘Morre e transforma-te!’ - dizia Goethe.

Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. Meu amigo William, extraordinário professor-pesquisador da UNICAMP, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia as explicações científicas não valem. Por exemplo: em Minas ‘piruá’ é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: ‘Fiquei piruá!’ Mas acho que o poder metafórico dos piruás é muito maior. Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. Ignoram o dito de Jesus: ‘Quem preservar a sua vida perde-la-á.’ A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.


Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira... (O amor que acende a lua, p. 59.)

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Instantes


Se eu pudesse viver novamente a minha vida,

na próxima trataria de cometer mais erros.

Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.

Seria mais tolo ainda do que tenho sido; na verdade ,

bem poucas coisas levaria a sério.

Seria menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais,

contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.

Iria a mais lugares onde nunca fui,

tomaria mais sorvetes e menos lentinha,

teria mais problemas reais e menos imaginários.

Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata

e produtivamente cada minuto da sua vida.

Claro que tive momentos de alegria.

Mas, se pudesse voltar a viver,

trataria de ter somente bons momentos.

Porque se não sabem, disso é feito a vida.

só de momentos; não percam o agora.

Eu era um daqueles que nunca ia a parte alguma sem um termômetro,

uma bolsa de água quente, um guarda- chuva e um pára-quedas;

se voltasse a viver, viajaria mais leve.

Se eu pudesse voltar a viver,

começaria a andar descalço no começo da primavera

e continuaria assim até o fim do outono.

Daria mais voltas na minha rua,

contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças,

se tivesse outra vez uma vida pela frente.

Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.



* Autoria discutível. Poema atribuído ora a Jorge Luis Borges , ora a Nadine Stair.



Livro: Se eu pudesse viver minha vida novamente...

Rubem Alves, Verus Editora,2004 Campinas/SP

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Clarice Lispector


Amar não acaba.

É como se o mundo estivese à minha espera.

E eu vou ao encontro do que me espera.
(Foto de Anahi, a cantora mexicana, com e sem produção. Os recursos estão aí e por que não usá-los?)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Epígrafe


Partir sem saber para onde.

Repartir sem saber para quem porque o coração

nada sabe de linha reta.

E o mundo, assim,

não mais será peso

nem apoio,

mas doce participação.


Lindolf Bell

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Quase - Sarah Westphal


"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é adesilusão de um quase.

É o quase que me incomoda, que me entristece,que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidadesque escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dosabraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz..

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.

Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sonhos

Não podemos escolher nossos sonhos enquanto dormimos, mas podemos escolhê-los quando despertos.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

20 conselhos Harvard e Cambridge...


As universidades de Harvard e Cambridge publicaram recentemente um compêndio com 20 Conselhos saudáveis para melhorar a qualidade de vida de forma prática e habitual :


1- um copo de suco de laranja diariamente para aumentar o ferro e repor a vitamina C.


2- salpicar canela no café (mantém baixo o colesterol e estáveis os níveis de açúcar no sangue).


3- trocar o pãozinho tradicional pelo pão integral O pão integral tem 4 vezes mais fibra, 3 vezes mais zinco e quase 2 vezes mais ferro que tem o pão branco.


4- mastigar os vegetais por mais tempo. Isto aumenta a quantidade de químicos nticancerígenos liberados no corpo. Mastigar libera sinigrina. E quanto menos se cozinham os vegetais, melhor efeito preventivo têm.


5- adotar a regra dos 80%: servir-se menos 20% da comida que costuma comer, evita transtornos gastrintestinais, prolonga a vida e reduz o risco de diabetes e ataques de coração.


6- LARANJA: o futuro está na laranja, que reduz em 30% o risco de câncer de pulmão.


7- fazer refeições coloridas como o arco-íris .. Comer DIARIAMENTE, uma variedade de vermelho, laranja, amarelo, verde, roxo e branco em frutas e vegetais, cria uma melhor mistura de antioxidantes, vitaminas e minerais.


8- comer pizza, macarronada ou qualquer outra coisa com molho de tomate. Mas escolha as pizzas de massa fininha. O Licopeno, um antioxidante dos tomates pode inibir e ainda reverter o crescimento dos tumores; e ademais, é melhor absorvido pelo corpo quando os tomates estão em molhos para massas ou para pizza .


9- limpar sua escova de dentes e trocá-la regularmente . As escovas podem espalhar gripes, resfriados e outros germes. Assim, é recomendado lavá-las com água quente pelo menos quatro vezes na semana (aproveite o banho no chuveiro), sobretudo após doenças, quando devem ser mantidas separadas de outras escovas..


10- realizar atividades que estimulem a mente e fortaleçam sua memória... Faça alguns testes ou quebra-cabeças, palavras-cruzadas, aprenda um idioma, alguma habilidade nova.... Leia um livro e memorize parágrafos; escreva, estude, aprenda. Sua mente agradece e seus amigos também, pois é interessante conversar com alguém que tem assunto.


11- usar fio dental e não mastigar chicletes . Acreditem ou não, uma pesquisa deu como resultado que as pessoas que mastigam chicletes têm mais possibilidade de sofrer de arteriosclerose, pois tem os vasos sanguíneos mais estreitos, o que pode preceder a um ataque do coração. Usar fio dental pode acrescentar seis anos a sua idade biológica porque remove as bactérias que atacam os dentes e o corpo.


12- rir.. Uma boa gargalhada é um 'mini-workout', um pequeno exercício físico: 100 a 200 gargalhadas equivalem a 10 minutos de corrida. Baixa o estresse e acorda células naturais de defesa e os anticorpos.


13- não descascar com antecipação. Os vegetais ou frutas, sempre frescos, devem ser cortados e descascados na hora em que forem consumidos. Isso aumenta os níveis de nutrientes contra o câncer. Sucos de fruta têm que ser tomados assim que são preparados..


14- ligar para seus parentes/pais de vez em quando. Um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard concluiu que 91% das pessoas que não mantém um laço afetivo com seus entes queridos, particularmente com a mãe, desenvolvem pressão alta, alcoolismo ou doenças cardíacas em idade temporã .


15- desfrutar de uma xícara de chá. O chá comum contém menos níveis de antioxidantes que o chá verde, e beber só uma xícara diária desta infusão diminui o risco de doenças coronárias. Cientistas israelenses também concluíram que beber chá aumenta a sobrevida depois de ataques ao coração.


16- ter um animal de estimação. As pessoas que não têm animais domésticos sofrem mais de estresse e visitam o médico regularmente, dizem os cientistas da Cambridge University. Os mascotes fazem você sentir-se otimista, relaxado e isso baixa a pressão do sangue. Os cães são os melhores, mas até um peixinho dourado pode causar um bom resultado.


17- colocar tomate ou verdura frescas no sanduíche. Uma porção de tomate por dia baixa o risco de doença coronária em 30%, segundo cientistas da Harvard Medical School; vantagens outras são conseguidas atráves de verduras frescas.


18- reorganizar a geladeira . As verduras em qualquer lugar de sua geladeira perdem substâncias nutritivas, porque a luz artificial do equipamento destrói os flavonóides que combatem o câncer que todo vegetal tem. Por isso, é melhor usar a área reservada a ela, aquela caixa bem embaixo ou guardar em um tapeware escuro e bem fechado.


19- comer como um passarinho. A semente de girassol e as sementes de sésamo nas saladas e cereais são nutrientes e antioxidantes. E comer nozes entre as refeições reduz o risco de diabetes. 20- e, por último, um mix de pequenas dicas para alongar a vida:


20 -comer chocolate. Duas barras por semana estendem um ano a vida.


O amargo é fonte de ferro, magnésio e potássio.


PENSAR POSITIVAMENTE


Pessoas otimistas podem viver até 12 anos mais que os pessimistas, que, além disso, pegam gripes e resfriados mais facilmente, são menos queridos e mais amargos.


- ser sociável. Pessoas com fortes laços sociais ou redes de amigos têm vidas mais saudáveis que as pessoas solitárias ou que só têm contato com a família.


- conhecer a si mesmo. Os verdadeiros otimistas e aqueles que priorizam o 'ser' sobre o 'ter' têm 35% de probabilidade de viver mais tempo, e de ter qualidade de vida. 'Não parece tão sacrificante, não é verdade? Uma vez incorporados os conselhos, facilmente tornam-se hábitos...


É exatamente o que diz uma certa frase de Sêneca:' 'Escolha a melhor forma de viver e o costume a tornará agradável'!


"Crie bons hábitos e torne-se escravo deles, como costumamos ser dos maus hábitos".


sábado, 3 de outubro de 2009

Publicidade


Lembre-se de Viver !!!


Esta é a campanha publicitária do Citibank espalhada pela cidade de São Paulo através de Outdoors seguidos no percurso da Marginal Pinheiros :


- "Crie filhos em vez de herdeiros."

- "Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete."

- "Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela."

- "Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."

- "Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."

- "Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"

- "Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos."

- " Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."

... e em seguida a esse Outdoor na Marginal Pinheiros...tinha um outro dizendo:

- " e quem sabe assim você seja promovido a melhor pai do mundo!"


"Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Vintage Delirium

Paris
Recebi este link de um amigo meu:

Trata-se de um brechó em Milão, com itens realmente colecionáveis, para poucos mortais deste planeta azulzinho.

Depois fiquei pensando que somente um homem junguiano poderia ter a sensibilidade de enviar a uma amiga tal reportagem.
Ou um homem super-homem, com uma visão além do alcance!

Também fiquei pensando no delírio do nome, fantastique!
E por falar em fantastique, o que foi aquela cena da novela das 8 ontem, o casal dançando à beira do Siena, ao som de La Vie en Rose???? Me entorpeceu.
Un vrais delirium!!!


Muito obrigada!

domingo, 27 de setembro de 2009

domingo, 20 de setembro de 2009

She would spend these advices - Regina Brett - 90 years old


1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, apenas dê o próximo pequeno passo.

3. A vida é muito curta para perdermos tempo odiando alguém.

4. Seu trabalho não vai cuidar de você quando você adoecer. Seus amigos e seus pais vão. Mantenha contato.

5. Pague suas faturas de cartão de crédito todo mês.

6. Você não tem que vencer todo argumento. Concorde para discordar.

7. Chore com alguém. É mais curador do que chorar sozinho.

8. Está tudo bem em ficar bravo com Deus. Ele agüenta.

9. Poupe para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário.

10. Quando se trata de chocolate, resistência é em vão.

11. Sele a paz com seu passado, para que ele não estrague seu presente.

12. Está tudo bem em seus filhos te verem chorar.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que se trata a jornada deles.

14. Se um relacionamento tem que ser um segredo, você não deveria estar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos; mas não se preocupe, Deus nunca pisca.

16. Respire bem fundo. Isso acalma a mente.

17. Se desfaça de tudo que não é útil, bonito e prazeroso.

18. O que não te mata, realmente te torna mais forte.

19. Nunca é tarde demais para se ter uma infância feliz. Mas a segunda só depende de você e mais ninguém.

20. Quando se trata de ir atrás do que você ama na vida, não aceite "não" como resposta.

21. Acenda velas, coloque os lençóis bonitos, use a lingerie elegante. Não guarde para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Se prepare bastante; depois, se deixe levar pela maré...

23. Seja excêntrico agora, não espere ficar velho para usar roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém é responsável pela sua felicidade, além de você.

26. Encare cada "chamado" desastre com essas palavras: Em cinco anos, vai importar?

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todos.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo.

31. Indepedentemente de a situação ser boa ou ruim, irá mudar.

32. Não se leve tão a sério. Ninguém mais leva...

33. Acredite em milagres.

34. Deus te ama por causa de quem Ele é, não pelo que vc fez ou deixou de fazer.

35. Não faça auditoria de sua vida. Apareça e faça o melhor dela agora.

36. Envelhecer é melhor do que morrer jovem.

37. Seus filhos só têm uma infância.

38. Tudo o que realmente importa, no final, é que você amou.

39. Vá para a rua todo dia. Milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos jogássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos os de todo mundo, pegaríamos os nossos de volta.

41. Inveja é perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor está por vir.

43. Não importa como vc se sinta, levante, se vista e apareça.

44. Produza.

45. A vida não vem embrulhada em um laço, mas ainda é um presente.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

"DEZ COISAS Q LEVEI ANOS PARA APRENDER....(Luís Fernando Veríssimo)



1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic."

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

I would spend these advices

1. Acredite. O maior fracasso que pode viver um homem é a desesperança.
2. Matéria. O dinheiro ajuda a buscar os sonhos. E pode acabar com uma vida da noite para o dia.
3. Valores materiais. Um carro importado na garagem não compra um amor verdadeiro.
3. Valores morais. O carinho, a bondade, a integridade, o respeito, a humildade, isso faz um amor ser verdadeiro.
4. Caráter. Tem homem que trai, tem mulher que trai e sim, há os monogâmicos. Saiba quem você é e viva de acordo.
5. Sabedoria. A maioria das pessoas existe, mas não vive.
6. Cama, mesa e banho. Amigos e família dão sentido à existência, mas um bom beijo na boca, um bom vinho e uma boa companhia dão mais ainda.
7. Experimente. A pior coisa é a dúvida de como teria sido.
8. Viaje. Impressionante como abre a cabeça e como muda nosso olhar sobre a vida.
9. Sinta. A frieza é a morte que chega antes de o coração parar.
10. Sorria. Juventude é um estado de espírito. Um coração alegre é jovem, mesmo aos 80. Um coração triste é um velho aos 35. Se afaste dos velhos, sob o risco de se tornar um aos 20.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O aniversário e o quadro








Me: Not to miss what we could have lived.

M: we should even more appreciate what we have

nevertheless when s.o. passes away we miss him... because we do not know where he/she is then



Encontro de Almas que creem ou não em almas

21h00: barítono - e o bolo?

Parabéns cantado. Ficaram os amigos.

Eu vou pintar um quadro para o Marcelo e vocês serão a minha inspiração. O momento será a inspiração.

Coloca as luvas.

Música: psy trance (?)

Gestos: elucubrados

Significado de elucubração
s.f. Penoso ou prolongado trabalho intelectual feito à noite; meditação, divagação. O mesmo que lucubração.

Rimas com elucubração
reorganização
coração
dissertação
alucinação
concepção
democratização
confirmação
redução
injunção
resignação
baldeação
obtenção
perturbação
ocupação
remoção

Personagens: tintas, cavalete, tela, pincéis, artista, 3 musas, amigo

Nome do quadro: Amizade

A complexidade da visão de um amigo sobre o outro.

Eu sou esse azul (do quadro) - diz o amigo.

Italo Calvino é comunista.

Amarelo é instabilidade.

Lado sombrio do azul profundo. Eu não tenho um lado escuro, misterioso (amigo).

Nããão. Risadas.

Só se for um lado obscuro inconsciente (amigo).

Cherche la femme.

Vamos provar o inconsciente com uma boa dose de Propofol ou Dormonid. Filmagem. Planos de anestesia.

Desde que vocês primeiro.

O que me fez pintar isso? Mauro.

U2 - Godspell (gospel) - chácara - angústia - solidão - morte - dor. Pulsátil. Pura.

Estampada em tela.

Será que está tendo alguma coisa no Hércules? (10h17)

Nós estamos em 22 (amigo).

O macarrão está saindo para o Mauro.

Às 10h39, descobriu que o laranja é o limite (amigo).


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Trem da Vida (Autor desconhecido)




Há algum tempo, li um livro que comparava a vida à uma viagem de trem. Quando nascemos entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos, estarão sempre nessa viagem conosco; nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade. Em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituível...Mas isso não impede que, durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser super especiais para nós, embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos! Muitas pessoas tomam esse trem, apenas a passeio. Outros encontram nessa viagem, somente tristezas. Ainda outros circularão pelo trem, prontos para ajudar a quem precisa.

Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por ele de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém nem sequer percebe. Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são tão caros, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos. Portanto, somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o trajeto, atravessemos com grande dificuldade nosso vagão e cheguemos até eles...Só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado, pois já terá alguém ocupando es se lugar. Não importa, é assim a viagem: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas...
Porém, jamais retornos.

Façamos essa viagem então, da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando em cada um deles o que tiverem de melhor. Lembrando sempre que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e provavelmente precisaremos entender isso, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá. O grande mistério afinal é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, nem aquele que está sentado ao nosso lado.

Eu fico pensando, se quando descer desse trem, sentirei saudades... Acredito que sim: Separar-me de alguns amigos que fiz nessa viagem; Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos. Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram... E o que vai deixar-me feliz será pensar que eu colaborei para isso.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Oportunidades


Já ancorado na Antartida, ouvi ruídos que pareciam de fritura.


Pensei: Será que até aqui existem chineses fritando pastéis?


Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada. O efeito visual era belíssimo.


Pensei em fotografar, mas falei para mim mesmo:


- "Calma, você terá muito tempo para isso".


Nos 367 dias que se seguiram, o fenômeno não se repetiu.


"Certas oportunidades são únicas" - Amyr Klink


Enviado por R. Moia.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Histórias da Vida Real


As histórias da vida real não são doces e românticas.

Nelas, os personagens são egoístas e auto-centrados. Nelas, os personagens têm sangue e dor.

Essas histórias contam amores mal resolvidos, casamentos por interesse, trabalho sem qualidade de vida, negação da própria identidade, obsessões de todos os tipos e, principalmente, doenças psíquicas não aceitas.

A humanidade está psiquicamente doente, não sou eu quem diz. Basta viver para constatar. O interessante é a dificuldade de as pessoas aceitarem a patologia como condição.

Uns se apegam aos amigos.

Outros, à forma física.

Outros, ao trabalho.

Outros, à religião.

Outros, à promiscuidade.

Outros, aos remédios.

Outros, à bebida.

Outros, às drogas.

Outros, à arte.

Outros, ao isolamento.

Outros, ao cônjuge.

Outros, à comida.

Outros, à matéria.

Outros, ao consumo.

Outros, à obsessão, das mais diversas formas.

E por aí adiante. Aceito sugestões.

Constata-se que a pessoa doente não aceita, não enxerga sua patologia.

Uma consulta no terapeuta vale mais de cem reais.

Nunca os consultórios tiveram tão lotados.

O homem é mesmo uma desgraça ambulante. Nu e de boca fechada, é reduzido ao nada. Somos tão iguais que até arde. Haja visto os campos de concentração.

Quando o homem dar-se-á conta de sua ínfima existência?

Quando encontraremos o sentido da vida?

O que nos diferencia uns dos outros? Aquilo que mais nos aproxima.
Dia após dia, sob ação dos radicais livres, envelhecemos, morremos um pouquinho mais. Com muitas perguntas e poucas respostas.


Afinidade


Recebi este texto e publico, achei muito interessante. Fala sobretudo da separação e do reencontro. Autor Artur da Távola (sem fonte precisa).


A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido. Afinidade é não haver tempo mediando a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial. Ter afinidade é muito raro. Mas, quando existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante, e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade. Afinidade é ficar longe, pensando parecido a respeito dos mesmosfatos que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavra.É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento. Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar.Ou, quando é falar, jamais explicar, apenas afirmar. Afinidade é jamais sentir por.Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar.Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Só entra em relação rica e saudável com o outro,quem aceita para poder questionar.Não sei se sou claro: quem aceita para poder questionar,não nega ao outro a possibilidade de ser o que é, como é, da maneira que é.E, aceitando-o, aí sim, pode questionar, até duramente, se for o caso.Isso é afinidade.Mas o habitual é vermos alguém questionar porque não aceitao outro como ele é. Por isso, aliás, questiona.Questionamento de afins, eis a (in)fluência.Questionamento de não afins, eis a guerra.
A afinidade não precisa do amor. Pode existir com ou sem ele.Independente dele. A quilômetros de distância.Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar,por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos.Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos,veremos ou falaremos.
Quem pode afirmar que, durante o sono, fluidos nossos não saempara buscar sintomas com pessoas distantes, com amigos a quem não vemos,
com amores latentes, com irmãos do não-vivido?
A afinidade é singular, discreta e independente,porque não precisa do tempo para existir.Vinte anos sem ver aquela pessoa com quem se estabeleceu o vínculo da afinidade!No dia em que a vir de novo, você vai prosseguir a relaçãoexatamente do ponto em que parou.Afinidade é a adivinhação de essências não conhecidasnem pelas pessoas que as tem. Por prescindir do tempo e ser a ele superior,a afinidade vence a morte, porque cada um de nós traz afinidadesancestrais com a experiência da espécie no inconsciente.Ela se prolonga nas células dos que nascem de nós,para encontrar sintonias futuras nas quais estaremos presentes.
Sensível é a afinidade. É exigente, apenas de que as pessoas evoluam parecido.Que a erosão, amadurecimento ou aperfeiçoamento sejam do mesmo grau,porque o que define a afinidade é a sua existência também depois. Aquele ou aquela de quem você foi tão amigo ou amado, e anos depois encontra com saudade ou alegria, mas percebe que não vai conseguir restituir o clima afetivo de antes, é alguém com quem a afinidade foi temporária.E afinidade real não é temporária. É supratemporal.Nada mais doloroso que contemplar afinidade morta, ou a ilusão de que as vivências daquela época eram afinidade.A pessoa mudou, transformou-se por outros meios.A vida passou por ela e fez tempestades, chuvas,plantios de resultado diverso. Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças, é conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,quantos das impossibilidades vividas. Afinidade é retomar a relação do ponto em que parou, sem lamentar tempo da separação. Porque tempo e separação nunca existiram.Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada erefletida do eu individual aprimorado.

domingo, 21 de junho de 2009

Blown in the wind

(Yara Martini)

Yesterday I watched that movie Benjamim Button's story (by Scott Fitzgerald). I have been questioning life as never regarding its meaning.
Sometimes what comes to my mind is that it has no meaning besides living each and every day: our minds are so different, the human beings behave so different, believe so different...

Then what is a moral value for one, is not always for the other. What has a meaning for one, has none for the other.

And then we die. We are blown in the wind.
And who still lives, rests, in both meanings: is left and retires.
And life goes on.
I am starting to think that we are pure nature, animal speaking, pure dust of stars, and as the song says, made of stars (Moby).
We are nothing but following days, meetings and break ups.
Love that is felt, love that is left.
Meaningless suffering. What hurts me, may tickle your feet.
At the end, we will be all alone, in a box, or in the fire, all reduced to dust.
The difference will be how we lived from the moment we were born to the one our heart stops beating.
This we can choose, free will.

Now I remember waiting for you at Catalunia Square.

Right at the middle of a star.

U never came. The rose started to fade.
And u - part of my history.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

El dia que me queiras


As folhas de plátano dançam nas ruas pela manhã, com o vento invernal, que chega de mansinho.
O frio é de 13 graus, a sensação térmica é de 5. Diz o jornal.

Três homens e três mulheres passeiam pelas cálidas ruas agora esquentadas pelo calor humano.

Senhoras de meia idade com a nostalgia estampada nos rostos: olhares de curiosidade e mista melancolia.

Uma surpresa, Tortoni. Chouriço, jamon crudo, tanque. Outra surpresa - em busca de Las Luces - Kilkeny. Guinness, Heineken, pipoca. Mais surpresa, El Ateneo. Frio. Teatro, cantora lírica, Gardel. Público no palco, a apreciar um café.

Luxo no Faena. Decor dePhilipe Starck. Jet-setters. Champagne na mão, decote no preto, três rockabilly singers, divãs, olhares, gestos, piano, mulheres. Uma piscina performática.
Um toilette histórico.

Uma noite histórica.

Porto Madero, vazio interno, vazio externo. Reformas.

Doces lembranças de outras viagens ao caminhar. Amargas lembranças de outras viagens ao embarcar. A certeza de muito mais dulce de leche pela frente. A incerteza de uma outra medialuna provada em uma doce companhia.

Doces companhias, doces momentos, doces sorrisos.

Buenos Aires muy querida.

terça-feira, 19 de maio de 2009

69 reais


Li na Internet que por 69 reais você pode se tornar membro premium de um site de namoro. Em seguida, lê-se: encontre o amor de sua vida.

Primeiro, interessante o valor cobrado. 69 reais não são 68 ou 70. Tudo bem, consideremos que o valor cobrado dê um toque sensual ao convite. Porém, o que mais me intriga, é a promessa que se faz de se encontrar o amor da vida da pessoa.

Quantos profiles reais ou virtuais temos que conhecer até sabermos o amor de nossas vidas? O que pensa alguém que publica um profile virtual e aquele que procura? Simples assim: achar o perfil que mais combina?

Penso, quantos perfis no mundo real são mais virtuais do que os cibernéticos? E vice-versa?

Amor da vida? Não creio nisso, mas sim em pessoas certas nos momentos certos. Sim, já fui mais romântica. O mundo ao redor, entretanto, diz que a realidade é mais cruel e crua. Mais dura, no sentido de sentimentos.

Morei com uma moça que, em uma época, vivia defronte à televisão. Até que cheguei nela um dia e disse: por que você não desliga essa TV e vai viver a vida, ao invés de viver a vida destes personagens (de novela)?

E passou a viver.

E passou a buscar.

Cada um toca sua vida. Separação.

Wish You Were Here, do Pink Floyd. We are just two lost souls swimming in a fish bowl.
What have we found? The same old fears.
The same old fears, life is partially the same. Exceto pelas pessoas que estão compartilhando a vida conosco naquele momento, e tudo passa. As pessoas passam. Inexorável como o tempo.

Deixar o rio fluir. Dançar conforme a música. E a gente interpreta isso como puder.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Promessas de Casamento - Martha Medeiros

Esse texto de Martha Medeiros é fantástico. Compartilho.

Promessas de Casamento

Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre.
"Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?" Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:
- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja? Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros.
__________x__________

São verdades que requerem altas doses de autoconhecimento.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Encontros e desencontros


Dear,

Yes, sometimes we get blind because we fall in love. We have a sweet taste for falling in love.
I keep thinking of what you wrote since yesterday.
I was thinking that you are absolutely right. I feel like you have lighted up my thoughts. Incredible how our lives are pretty much the same even though we live so many thousands of kilometers apart from each other.
Do you know what has just come to my mind? Those moments in Ibiza, when we were inside the sea, just you and me, just chilling out. Remember?
Today I have some strong feelings: that life goes fast, that friendship lasts, that we love too much.
I totally agree that reciprocity is a must in any relationship. It is just like a road, if it takes you only one way, it leaves you that way. If it returns, then there is a real mutuality. Then it would be worthy it.
I do believe in a true relationship. All we have lived had made us stronger, and has given us parameters to understand what is the best for us. It is just about opening the eyes. It is just about listening carefully to the heart.
Like one song says, there is a time and place for everyhting and for everyone. I would also add there is a person for every time and for everyone.

There is a beautiful song that summs up this moment, which is written above.
I love you.

Miss Sarajevo (U2)


Is there a time for keeping your distance

A time to turn your eyes away

Is there a time for keeping your head down

For getting on with your day

Is there a time for kohl and lipstick

A time for cutting hair

Is there a time for high street shopping

To find the right dress to wear

Here she comes

Heads turn around

Here she comes

To take her crown


Dici che il fiume (You say the river)

Trova la via al mare (finds its way to the sea)

E come il fiume (just like the river)

Giungerai a me (you will come to me)

Oltre i confini (beyond the frontiers)

E le terre assetate (and the deserts)

Dici che come fiume (you say that, just like the river)

Come fiume... (just like the river)

L'amore giunger (LOVE WILL COME)

L'amore... (LOVE)

E non so più pregare ( I can't pray anymore)

E nell'amore non so più sperare ( I can't believe in love anymore)

E quell'amore non so più aspettare (I can't wait for love anymore)

Is there a time for tying ribbons

A time for Christmas trees

Is there a time for laying tables

And the night is set to freeze



"There are only two ways to live your life.
One is as though nothing is a miracle. The other is as though everything is a miracle."
A. Einstein

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Virou estrelinha


Passava um menino de uns cinco anos com seu pai defronte ao velório pela manhã, quando o pai disse ao menino: não, ela não vai mais voltar. Sabe, à noite, as estrelas do céu? A vovó virou uma delas, a mais brilhante. A vovó virou uma estrelinha no céu.


O ser humano tem uma maneira muito particular de lidar com a morte, no ocidente, por força do materialismo histórico. Este pensamento foi desenvolvido por Karl Marx, e está fundamentado na observação da realidade a partir do modo de produção. Desta maneira, a história se vincula e se baseia no mundo material dos homens, enquanto produtores de suas condições concretas de vida.


Baseado no mundo material, o apego ao terreno, terrestre, corpóreo, se tornam constantes cotidianas. A pessoa apegada à matéria vive das paixões a ela vinculadas: prazeres momentâneos, apego ao dinheiro, ambições materiais, relacionamentos superficiais e adiante.


No filme Sonhos, de Kurozawa, um dos contos mostra um funeral em uma comunidade do Oriente. Neste, ao invés de um rito de luto, há um rito de alegria, de emancipação. Os orientais tendem a compreender de forma mais branda e evoluída a vida após a morte. Para os xintoístas, hinduístas, budistas e taoístas, a vida não se acaba com o desencarne, apenas muda de face.


Quando compreendemos a vida de forma menos material, tendemos a ver a morte de forma natural. Ao invés da sensação de perda de alguém querido, reina a paz de que a missão fora cumprida, de início de uma vida nova, em outro plano. A estrelinha no céu vai mesmo existir: não de forma estática, como quem para e espera algo, mas de forma dinâmica, como quem não para, quem é e está, quem permanece não apenas em nossos corações, mas muitas vezes passa ao nosso lado, deixando-nos a sensação de que a pessoa está perto, e está mesmo.


O universo é uma entidade dinâmica, a Terra idem, e tudo o que está nela. Tudo tem começo, meio e fim, da forma temporal como compreendemos agora. Considerando que a Terra tem bilhões de anos, o que são 50 nela vividos? Nosso tempo é efêmero perante a eternidade.


E considerando as inúmeras estrelas do nosso céu, inúmeros planetas, galáxias e buracos negros, fica um pensamento. Nossa compreensão da morte é proporcional à nossa compreensão da vida.



terça-feira, 28 de abril de 2009

Successful Career Woman's Resolution of Conflict Between Relationship and Career


by Dr. Luann Linquist, PhD

Our greatest challenge is balancing love and work.

The purpose of this study was to examine successful career women and their resolution of conflict between balancing career and relationship demands. Literature in the following areas was reviewed: fear of success, locus of control, competition factor, and relationship satisfaction. This study focused on locus of control and relationship satisfaction and how they interrelated. The integration of career and significant-other relationship demands was also studied.

Fifty-four successful career women in the San Francisco Bay Area participated in this study. Age, relationship status, income and socioeconomic status were all variables that were controlled. Locus of control was measured by Rotter's Locus of Control Scale. From this scale, generalized expectancies for internal versus external control of reinforcement were measured. Relationship satisfaction was measured by Spanier's Dyadic Adjustment Scale, which consists of four subscales: Dyadic consensus, dyadic satisfaction, dyadic cohesion, and affectional expression. Thirty of the fifty-four women, fifteen who were currently in a significant-other relationships and fifteen who were not, participated in Linquist's Personal Interview Survey.

For analysis, frequency distributions of scores were developed, descriptive statistics were calculated, and statistical correlations were calculated for interrelationships. Results revealed a large range of locus of control scores among the study's participants. Comparison with another sample of women with similar backgrounds revealed that this study's sample was more internally controlled (significant beyond the .001 level). The women in this study, though considerably higher paid than average working women, were not discernibly different in their degree of dyadic adjustment.

Correlation coefficients were computed on each pair of scores between the Rotter Scale and the Dyadic Adjustment Scale. Locus of control was not statistically correlated to any of the Dyadic Adjustment Scale score. Developmental career history is described in detail along three subgroups: unplanned careerists, work-directed, and career-oriented. The women of this study tended to see their career success as enhancing themselves and their significant-other relationships. Perception of interaction with competition in career contexts is described in detail along four subgroups, showing the competitive behavior of all the subjects.

In balancing relationship and career demands, the following was found:

No woman was willing to give up her career entirely.
Self-esteem appeared to increase with career success.
The women used delegation.
The women found relief from stress by getting involved in their work.
The women were able to compartmentalize their roles so that one did not impinge on another.
Those women in a current relationship tended to have supportive significant others.

By Yara Martini

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Estou cansado de você


Estou cansado de você.

Não aguento mais a sua cabecinha de vento que só serve para segurar os cabelos.

Nem estes, tingidos de preto, curtos e alisados, porque saiu na capa da Nova do mês passado.

De você ir ao cabelereiro toda quinta à noite, de ir na manicure todo sábado às oito e meia da manhã, senão a unha estraga. Massagem toda quarta, academia todo dia, shopping dia sim, dia não.

Estou cansado dos seus papos de Contigo e Caras, as únicas coisas que você lê, há pelo menos dois anos. Lógico, no cabeleireiro. De suas fofocas das vidas alheias, da gravidez da fulana, da doença do ciclano, da vizinha jogando folhas em frente ao seu portão, da sua colega de trabalho que fez uma lipo e trocou de marido.

Da amiga que foi abandonada pelo namorado. Incompetente.

Me cansei de você não cozinhar para o seu cabelo não ficar cheirando fumaça, de não cortar o alho para não impregnar a mão, de não trocar o pneu furado porque não tem força para carregá-lo. Afinal, para que você gasta 200 reais por mês na academia?

Estou especialmente cansado das suas calcinhas brancas e rosas, estampadas de florzinhas, faça chuva, faça sol. Queria que um dia viesse de liga, outro de chicote, outro de fio dental, outro de máscara, outro com um pote de gel na mão, outro com um gelo na boca.

Cansei de ter que te explicar o que significa taxa selic, jogador impedido, carburador, chupeta. A das baterias.

E esse negócio de TPM? Cansei do seu estresse, de sua irritação e saiba: próxima vez que vier com o balde de água, vai sair com ele na cabeça. Me exauri de você me chutar um dia e no outro aparecer com cara de santa, como se nada tivesse acontecido.

Estou cansado de suas manias. De achar que a gente tem que ir ao restaurante, no dia e hora que quer. Cansei de ter que me hospedar na casa da sua amiga em Floripa porque você não quer gastar, já que está guardando dinheiro para uma plástica. De ficar 2 horas e meia se arrumando para ver uma comédia no cinema. Perder o metrô e querer ir de táxi. Estou farto dessa sua voz de criança quando conversa com cachorros, gatos e outras crianças. Pensando bem, você é nóia mesmo.

E o tamanho do bico se os seus desejos não se realizarem? Quem suporta mulher mimada?

Quer saber, princezinha, não aguento mais você.

Vou procurar um homem.

Publicações, títulos acadêmicos e um Sorriso


Ainda me lembro, 2005, eu com uma revista Fapesp nas mãos, cortesia do Departamento de Cirurgia da FORP/USP ao público. Nesta revista havia uma crônica muito interessante sobre um professor titular que receberia um prêmio importante em face de sua carreira acadêmica.

Em suma, tal escrita terminava com o professor entrando no prédio onde seria homenageado, quando, passo a passo, notou o varredor de rua executando seu serviço, o aluno de mochila nas costas apressado para a aula, meninas saindo do bandejão universitário, os pássaros no céu, os barulhos dos carros, as pessoas indo e vindo, e ele concluiu, após 40 anos de Universidade, que não era profissional ou pessoalmente significante a não ser para aqueles os quais conheciam seu trabalho ou sua família/amigos. Ou seja, pouco mais de meia dúzia.

Ainda assim, há muitos no meio acadêmico os quais se regojizam com suas posições, seus poderes (embora limitadíssimos), suas pequenas lideranças. Publicar se torna meta de vida. E se faz de tudo por isso. Ameaças, dramas, coaptações, propostas, acordos, indicações, imposições, trocas, tudo pode ser válido na inclusão de um nome nos artigos internacionais.
A fim de ser respeitado por meia dúzia? E a educação como legado, na formação de futuros professores?

Na época da residência, prestei mestrado na Alemanha. Viver no exterior, ampliar horizontes. Apreciar diferentes culturas, idiomas e povos. Esses desejos tem sido supridos com viagens frequentes e principalmente com o contato com os amigos estrangeiros.

Hoje nem posso ouvir falar em sair do país. A não ser que leve comigo a família, ou que vá embora para ter a minha família, a coisa mais importante da vida, na minha opinião. Os valores mudam, bem como a visão sobre o mundo, a vida, carreira, humanidade.

Publicar é bacana, considerando isto a conclusão de um estudo de anos. Não uma meta, mas uma consequência de um trabalho realizado com carinho e esforço. É como um bônus salarial aguardado, não garantido, mas muito comemorado quando chega. E sempre chega.
Mais bacana do que publicar com uma pessoa é aprender com ela o extra muros. É imortalizá-la em atitudes, perpetuar os ensinamentos.
Pensando bem, não há gratificação melhor do que um sorriso largo. A Odontologia permite.

Foto: Cristiane Silva, uma querida.






quarta-feira, 22 de abril de 2009

O Tempo


O tempo


A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!

Quando se vê, já é sexta-feira!

Quando se vê, já é natal...

Quando se vê, já terminou o ano...

Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.

Quando se vê passaram 50 anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado...

Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.

Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...

E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.

Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.

A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.


Mário Quintana

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Empatia


Ele me abandonou.

Eu com esta barriga de sete meses, caminho pelas ruas, seguro a base do ventre. Penso, logo eu, que sonhava tanto em ter uma família, bem tradicional, com marido e filhos correndo no parque aos domingos. Olhos secos, boca seca, dor no corpo.

A cada atravessar de ruas, olho para os lados para ver se há carros, mas logo meus olhos encontram o horizonte ao fim da rua, ambas direções. Desesperança, tristeza, solidão.

Atravesso.

Me sinto só que dói, que decepa a alma. Estranho, há alguém aqui comigo, mas me sinto só como nunca.

Nem um bom dia, um telefonema de oi, de como está você.

Como está o filho.

Fico pensando em minha mãe, quando me pariu. Disse que estava sozinha no hospital também, embora fosse casada com meu pai. Ele estava em casa, talvez chegando de uma viagem a negócios, deixando-a sozinha. Inconscientemente, talvez. Finalmente encarno a complexidade do sentimento de minha mãe.

Sempre idealizadora, eu sonhava em ter uma família terna. Ele para sempre ao meu lado. Mas se foi, simplesmente. Imaturidade emocional. A única coisa que se dispôs a dizer foi: não estou pronto para ser pai. Para me casar. Para ter uma família.

Agora sinto os olhos antes secos se encherem de água. Subitamente escorrem pela pele. Dizem que o ser humano chora para não explodir. O vento sopra em brisa de outono e as lágrimas esfriam o rosto, como se fosse um bálsamo, uma mão que acaricia.

Fecho os olhos por alguns segundos. Desacelero, olho e não vejo.

Tudo o que sinto é desesperança, descrença, desamparo.
Atravesso, passo a passo, a última rua.

É como se eu não existisse.


terça-feira, 7 de abril de 2009

Procissão - Éramos Quatro

Oito da noite, uma segunda-feira. Meninas na cozinha, sentadas, largadas, cozinhando, de Havaianas, de soutien e shorts, de caras lavadas, com sono, exaustas.

Dona Zilda chama, menina, a procissão, tá chegando!


Na rua, um padre de 65 anos, com óculos, bem branquinho e grisalho, vestindo branco, de esquerda segura um terço e com a outra faz o sinal da cruz no ar.


Ao lado, um mocinho de 15 anos segura uma cruz entalhada em madeira, com um círculo ao redor, de cerca de 80 cm de altura, vestido de coroinha.


Em seguida, dois mocinhos vestidos de padres. Aos redores, temos senhoras principalmente, segurando velas em castiçais de garrafas PET cortadas, rosca aproveitada para encaixar a vela. Outras levam em copos de plástico de festas de aniversário infantis.


Mais atrás, seguem mulheres, alguns mocinhos, um ou outro senhor, umas crianças bem ao fundo, de chinelinhos, simplesinhas.


As pessoas ao fundo curiosamente não carregam velas.


Provavelmente se juntaram de última hora à procissão pelas ruas do pacato bairro da cidade do interior.


Todos cantam Ave-maria, estão entoando o terço.


Para onde leva a procissão? Para a igreja maior.


Humanos seguem um humano com o poder de levá-los ao céu.

Para onde leva a procissão?
Éramos quatro, agora somos duas novamente. Resta a saudade.



segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pensamentos sobre o livre arbítrio


Sugiro que só leia esse texto se tiver com tempo para reflexão.
Hoje tivemos uma leitura muito engrandecedora, que falava sobre a soberba.
"Para que ser humilde, se ninguém repara?" Porque a humildade por si só traz paz e pureza a nossas vidas.
O soberbo nunca está só: carrega consigo em todos os lugares o egoísmo e a ganância. Inimigos cruéis. Uma auto-destruição. Solidão interior. Solidão eterna enquanto inconsciente destes inimigos morais.
Mas, merece um ser humano para sempre ficar na solidão eterna? Para sempre ser infeliz?
Não. Merece um ser humano ter mais uma chance de reparar seus erros? Merece quantas chances forem necessárias. E se ele morrer antes de compreender tais questões? Terá outras chances.
Deus não seria injusto se desse toda a condição a um homem e a desgraça a outro, sendo ambos Seus filhos?
Por que Deus gostaria mais de um e menos de outro? Daria mais a um e menos ao outro?
Por que nasce alguém com anomalia e outrem não? Com retardo mental? E se fosse seu filho, seu neto, você, que está lendo?
Por que uns morrem dormindo e outros adoecem, perecem, por meses e anos, até morrerem?
O que fez a pessoa para ser merecedora?
O que fez a família para ser merecedora?
(PAUSA)

Deus, em sua sabedoria, JUSTIÇA e bondade infinitas (e olha que a palavra justiça foi destacada), não permitiria que isso ocorresse. Seus filhos são iguais, tendo os mesmos direitos e deveres.
Desta maneira, se estamos neste tempo-espaço vivendo o que vivemos, é porque disso precisamos para nosso aprimoramento moral. Para nosso adiantamento e progresso morais.
O ser humano terá quantas chances forem necessárias, até que chegue a Deus, bondade e amor absolutos.
SOMOS RESPONSÁVEIS PELOS NOSSOS PENSAMENTOS E ATOS. ARCAMOS COM AS CONSEQUÊNCIAS DE TAIS ATOS. COM TODAS AS CONSEQUÊNCIAS.
Hitler não ficará impune. Nem os responsáveis pelas bombas atômicas. Nem o homem que matou o seu filho com um tiro na cabeça. Não se preocupe. E arder no fogo do inferno, capaz. Não é plausível raciocinar que Deus criaria o homem para viver na Terra, nascer gauche, errar e acabar ardendo no fogo do inferno por toda a eternidade.
Sendo bondade e amor absolutos, é de se pensar que, admitindo-se a existência deste Ser Supremo, Deus não nos enviará ao inferno ou ao céu. Nós nos enviaremos aos diferentes planos de acordo com nosso adiantamento. Deus não castiga. Nós, sim, a nós mesmos. É a Lei. Causa e Efeito.
(PAUSA)
Da Grécia da Antiguidade ficaram-nos muitos e bons ensinamentos. Um deles está escrito na entrada do templo de Delphos : "...Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses". Conhece-te a ti mesmo.
Na Bíblia, temos: "Vós sois deuses", disse o Mestre de Nazaré (Salmo 82:6 e João 10:34).
"Podeis fazer tudo que faço e muito mais", acrescentou ainda.
Jesus disse que não julga ninguém (João 8:15,12:47).
Então, quem nos julga/julgará? Pensemos. Reflitemos.
(PAUSA-ÚLTIMA)
Por fim, o LIVRE-ARBÍTRIO.
Somos responsáveis pelo dia que vamos ter: decidimos começar bem o dia, agradecendo a Deus pelo dom da vida, pela fé, por nossa família, nosso cônjuge, nossos filhos, nossa saúde, nosso lar, nosso pão, pelo Sol, pelo vento, por nosso trabalho, nossas próximas férias, por estarmos respirando sem aparelhos... Sendo honestos, sinceros, amorosos, humanos.

Podemos, entretanto, decidir começar mal o dia: reparando na dor nas costas, nas contas a pagar, no problema do outro em cuja resolução não poderemos colaborar, no tempo chuvoso, no mal caráter do político, na grosseria de um chefe, e em tantas outras preocupações que só enchem a nossa cabeça e nada nos faz progredir. Podemos gritar, brigar, sacanear, mentir, roubar, encher a cara, ludibriar.
Somos nós quem decidimos o caminho, a cada manhã!
Somos nós quem decidimos seguir o não os caminhos do amor e de Deus.
Decidamos ser felizes. Decidamos estar em Deus. Decidamos estar em Paz.
Que nossos corações sejam repletos de bondade.
Que assim seja.


sábado, 4 de abril de 2009

DO BOM E DO MELHOR


DO BOM E DO MELHOR
(Leila Ferreira)


Estamos obcecados com "o melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho. Bom não basta. O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor". Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros!...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto? O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"'? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos. A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito. O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos". As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo. O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem. O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?...



sexta-feira, 27 de março de 2009

Primavera no Dentes


Primavera Nos Dentes
João Ricardo/João Apolinário


Quem tem consciência para ter coragem

Quem tem a força de saber que existe

E no centro da própria engrenagem

Inventa a contra-mola que resiste


Quem não vacila mesmo derrotado

Quem já perdido nunca desespera

E envolto em tempestade decepado

Entre os dentes segura a primavera

Hamlet - Em Luto pelo Pai - Shakespeare


RAINHA- Meu caro Hamlet, afasta essa dor tenebrosa e olha com olhar amigo o Rei da Dinamarca. Não fiques para sempre de pálpebras baixadas, procurando o pó do teu nobre pai. Sabes que é assim mesmo, que tudo que vive tem de morrer, e atravessa o mundo para a eternidade.


HAMLET-Sim, madama, é assim mesmo.


RAINHA-Então, por que para ti parece diferente?


HAMLET-Parece madama? Não, é diferente. Eu sei que não "parece". Não são apenas o meu manto negro, boa mãe, nem a roupa tradicional do luto pesado, nem os suspiros atormentados da respiração difícil, nem os rios a correr dos olhos, nem a aparência batida do rosto, e mais todos os modos, o humor, os sinais de tristeza, que possam denotar o que sinto realmente. São aparências, ações em que um homem pode fingir. Mas eu tenho dentro de mim aquilo que ultrapassa tudo o que é apenas ornamento e roupagem da dor.


REI-É belo e honroso em vós, Hamlet, esta sentida homenagem a vosso pai. Mas deveis saber que vosso pai perdeu um pai; e esse pai perdido perdera o seu, e que o sobrevivente, por algum tempo, como dever filial guardara o luto. Mas perseverar em obstinada tristeza é uma espécie de ímpia teimosia, dor sem virilidade, que demonstra revolta contra o céu, coração fraco, espírito impaciente, inteligência simples e inculta. Por que havemos de tomar tanto a peito, na nossa revolta pueril, aquilo que nós sabemos que tem de ser e é tão comum como uma das coisas mais vulgares aos sentidos? Qual! É uma ofensa ao céu, uma ofensa aos mortos, uma ofensa à natureza, um absurdo contra a razão, cujo tema comum é a morte dos pais, e que não se cansa de gritar, desde que houve o primeiro cadáver até o que acaba de morrer: "Tem de ser assim".
(Shakespeare)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Imóveis

Samara, Russia


Ela é uma moça muito simpática. Entonação de voz, palavras, tudo é um convite a alegria. Alegria no rosto, coração dolorido. Com todas as economias de uma vida de 37 anos, comprou um apartamento para a família. Por causa de um inventário ainda não solucionado, não pode passar para o nome dela. No dia em que soube estar seu pai com câncer, recebeu uma ligação de uma advogada. Aproveitando-se da situação, a ex proprietária a processa a fim de obter a reintegração de posse. Alega que não conhecia a moça (foram colegas de trabalho), e que esta "invadiu" seu apartamento. Caso na justiça.

Ela era uma senhora. Nasceu no sítio, sul do país, mal sabia ler. Perdeu uma filha adolescente. Passeva nas ruas da cidade com a foto da moça pendurada no pescoço, por anos. Com uma doença e subsequente incapacitação do marido, "herdou" muito dinheiro. Iludiu-se, fantasiou, perdeu-se. Gastou em porcariadas. Abria a carteira para a pessoa "pegar" a quantia de dinheiro a ser paga. Vendeu um imóvel no campo (lembranças de infância), sem o conhecimento do filho responsável, objetivando comprar uma senhora casa na cidade. Pagou, parcela a parcela (poucas), mas não levou. A proprietária deu a ela um recibo escrito à mão, em papel de pão. Kraft. O corretor foi conivente. Após a quitação, a ex proprietária simplesmente disse a ela que não pagara, portanto não ficaria com a casa. Simplesmente, assim como quem morde e deglute uma maçã. Simples assim. A senhora, desesperada, entrou na justiça. Humana, óbvio. Com um pedaço de papel kraft em mãos e um advogadozinho de merda, perdeu.

O que consta é que o corretor tem um filho vegetando. A dona da casa, estou pagando para saber.