terça-feira, 28 de abril de 2009

Successful Career Woman's Resolution of Conflict Between Relationship and Career


by Dr. Luann Linquist, PhD

Our greatest challenge is balancing love and work.

The purpose of this study was to examine successful career women and their resolution of conflict between balancing career and relationship demands. Literature in the following areas was reviewed: fear of success, locus of control, competition factor, and relationship satisfaction. This study focused on locus of control and relationship satisfaction and how they interrelated. The integration of career and significant-other relationship demands was also studied.

Fifty-four successful career women in the San Francisco Bay Area participated in this study. Age, relationship status, income and socioeconomic status were all variables that were controlled. Locus of control was measured by Rotter's Locus of Control Scale. From this scale, generalized expectancies for internal versus external control of reinforcement were measured. Relationship satisfaction was measured by Spanier's Dyadic Adjustment Scale, which consists of four subscales: Dyadic consensus, dyadic satisfaction, dyadic cohesion, and affectional expression. Thirty of the fifty-four women, fifteen who were currently in a significant-other relationships and fifteen who were not, participated in Linquist's Personal Interview Survey.

For analysis, frequency distributions of scores were developed, descriptive statistics were calculated, and statistical correlations were calculated for interrelationships. Results revealed a large range of locus of control scores among the study's participants. Comparison with another sample of women with similar backgrounds revealed that this study's sample was more internally controlled (significant beyond the .001 level). The women in this study, though considerably higher paid than average working women, were not discernibly different in their degree of dyadic adjustment.

Correlation coefficients were computed on each pair of scores between the Rotter Scale and the Dyadic Adjustment Scale. Locus of control was not statistically correlated to any of the Dyadic Adjustment Scale score. Developmental career history is described in detail along three subgroups: unplanned careerists, work-directed, and career-oriented. The women of this study tended to see their career success as enhancing themselves and their significant-other relationships. Perception of interaction with competition in career contexts is described in detail along four subgroups, showing the competitive behavior of all the subjects.

In balancing relationship and career demands, the following was found:

No woman was willing to give up her career entirely.
Self-esteem appeared to increase with career success.
The women used delegation.
The women found relief from stress by getting involved in their work.
The women were able to compartmentalize their roles so that one did not impinge on another.
Those women in a current relationship tended to have supportive significant others.

By Yara Martini

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Estou cansado de você


Estou cansado de você.

Não aguento mais a sua cabecinha de vento que só serve para segurar os cabelos.

Nem estes, tingidos de preto, curtos e alisados, porque saiu na capa da Nova do mês passado.

De você ir ao cabelereiro toda quinta à noite, de ir na manicure todo sábado às oito e meia da manhã, senão a unha estraga. Massagem toda quarta, academia todo dia, shopping dia sim, dia não.

Estou cansado dos seus papos de Contigo e Caras, as únicas coisas que você lê, há pelo menos dois anos. Lógico, no cabeleireiro. De suas fofocas das vidas alheias, da gravidez da fulana, da doença do ciclano, da vizinha jogando folhas em frente ao seu portão, da sua colega de trabalho que fez uma lipo e trocou de marido.

Da amiga que foi abandonada pelo namorado. Incompetente.

Me cansei de você não cozinhar para o seu cabelo não ficar cheirando fumaça, de não cortar o alho para não impregnar a mão, de não trocar o pneu furado porque não tem força para carregá-lo. Afinal, para que você gasta 200 reais por mês na academia?

Estou especialmente cansado das suas calcinhas brancas e rosas, estampadas de florzinhas, faça chuva, faça sol. Queria que um dia viesse de liga, outro de chicote, outro de fio dental, outro de máscara, outro com um pote de gel na mão, outro com um gelo na boca.

Cansei de ter que te explicar o que significa taxa selic, jogador impedido, carburador, chupeta. A das baterias.

E esse negócio de TPM? Cansei do seu estresse, de sua irritação e saiba: próxima vez que vier com o balde de água, vai sair com ele na cabeça. Me exauri de você me chutar um dia e no outro aparecer com cara de santa, como se nada tivesse acontecido.

Estou cansado de suas manias. De achar que a gente tem que ir ao restaurante, no dia e hora que quer. Cansei de ter que me hospedar na casa da sua amiga em Floripa porque você não quer gastar, já que está guardando dinheiro para uma plástica. De ficar 2 horas e meia se arrumando para ver uma comédia no cinema. Perder o metrô e querer ir de táxi. Estou farto dessa sua voz de criança quando conversa com cachorros, gatos e outras crianças. Pensando bem, você é nóia mesmo.

E o tamanho do bico se os seus desejos não se realizarem? Quem suporta mulher mimada?

Quer saber, princezinha, não aguento mais você.

Vou procurar um homem.

Publicações, títulos acadêmicos e um Sorriso


Ainda me lembro, 2005, eu com uma revista Fapesp nas mãos, cortesia do Departamento de Cirurgia da FORP/USP ao público. Nesta revista havia uma crônica muito interessante sobre um professor titular que receberia um prêmio importante em face de sua carreira acadêmica.

Em suma, tal escrita terminava com o professor entrando no prédio onde seria homenageado, quando, passo a passo, notou o varredor de rua executando seu serviço, o aluno de mochila nas costas apressado para a aula, meninas saindo do bandejão universitário, os pássaros no céu, os barulhos dos carros, as pessoas indo e vindo, e ele concluiu, após 40 anos de Universidade, que não era profissional ou pessoalmente significante a não ser para aqueles os quais conheciam seu trabalho ou sua família/amigos. Ou seja, pouco mais de meia dúzia.

Ainda assim, há muitos no meio acadêmico os quais se regojizam com suas posições, seus poderes (embora limitadíssimos), suas pequenas lideranças. Publicar se torna meta de vida. E se faz de tudo por isso. Ameaças, dramas, coaptações, propostas, acordos, indicações, imposições, trocas, tudo pode ser válido na inclusão de um nome nos artigos internacionais.
A fim de ser respeitado por meia dúzia? E a educação como legado, na formação de futuros professores?

Na época da residência, prestei mestrado na Alemanha. Viver no exterior, ampliar horizontes. Apreciar diferentes culturas, idiomas e povos. Esses desejos tem sido supridos com viagens frequentes e principalmente com o contato com os amigos estrangeiros.

Hoje nem posso ouvir falar em sair do país. A não ser que leve comigo a família, ou que vá embora para ter a minha família, a coisa mais importante da vida, na minha opinião. Os valores mudam, bem como a visão sobre o mundo, a vida, carreira, humanidade.

Publicar é bacana, considerando isto a conclusão de um estudo de anos. Não uma meta, mas uma consequência de um trabalho realizado com carinho e esforço. É como um bônus salarial aguardado, não garantido, mas muito comemorado quando chega. E sempre chega.
Mais bacana do que publicar com uma pessoa é aprender com ela o extra muros. É imortalizá-la em atitudes, perpetuar os ensinamentos.
Pensando bem, não há gratificação melhor do que um sorriso largo. A Odontologia permite.

Foto: Cristiane Silva, uma querida.






quarta-feira, 22 de abril de 2009

O Tempo


O tempo


A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são seis horas!

Quando se vê, já é sexta-feira!

Quando se vê, já é natal...

Quando se vê, já terminou o ano...

Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.

Quando se vê passaram 50 anos!

Agora é tarde demais para ser reprovado...

Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.

Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...

E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.

Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.

A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.


Mário Quintana

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Empatia


Ele me abandonou.

Eu com esta barriga de sete meses, caminho pelas ruas, seguro a base do ventre. Penso, logo eu, que sonhava tanto em ter uma família, bem tradicional, com marido e filhos correndo no parque aos domingos. Olhos secos, boca seca, dor no corpo.

A cada atravessar de ruas, olho para os lados para ver se há carros, mas logo meus olhos encontram o horizonte ao fim da rua, ambas direções. Desesperança, tristeza, solidão.

Atravesso.

Me sinto só que dói, que decepa a alma. Estranho, há alguém aqui comigo, mas me sinto só como nunca.

Nem um bom dia, um telefonema de oi, de como está você.

Como está o filho.

Fico pensando em minha mãe, quando me pariu. Disse que estava sozinha no hospital também, embora fosse casada com meu pai. Ele estava em casa, talvez chegando de uma viagem a negócios, deixando-a sozinha. Inconscientemente, talvez. Finalmente encarno a complexidade do sentimento de minha mãe.

Sempre idealizadora, eu sonhava em ter uma família terna. Ele para sempre ao meu lado. Mas se foi, simplesmente. Imaturidade emocional. A única coisa que se dispôs a dizer foi: não estou pronto para ser pai. Para me casar. Para ter uma família.

Agora sinto os olhos antes secos se encherem de água. Subitamente escorrem pela pele. Dizem que o ser humano chora para não explodir. O vento sopra em brisa de outono e as lágrimas esfriam o rosto, como se fosse um bálsamo, uma mão que acaricia.

Fecho os olhos por alguns segundos. Desacelero, olho e não vejo.

Tudo o que sinto é desesperança, descrença, desamparo.
Atravesso, passo a passo, a última rua.

É como se eu não existisse.


terça-feira, 7 de abril de 2009

Procissão - Éramos Quatro

Oito da noite, uma segunda-feira. Meninas na cozinha, sentadas, largadas, cozinhando, de Havaianas, de soutien e shorts, de caras lavadas, com sono, exaustas.

Dona Zilda chama, menina, a procissão, tá chegando!


Na rua, um padre de 65 anos, com óculos, bem branquinho e grisalho, vestindo branco, de esquerda segura um terço e com a outra faz o sinal da cruz no ar.


Ao lado, um mocinho de 15 anos segura uma cruz entalhada em madeira, com um círculo ao redor, de cerca de 80 cm de altura, vestido de coroinha.


Em seguida, dois mocinhos vestidos de padres. Aos redores, temos senhoras principalmente, segurando velas em castiçais de garrafas PET cortadas, rosca aproveitada para encaixar a vela. Outras levam em copos de plástico de festas de aniversário infantis.


Mais atrás, seguem mulheres, alguns mocinhos, um ou outro senhor, umas crianças bem ao fundo, de chinelinhos, simplesinhas.


As pessoas ao fundo curiosamente não carregam velas.


Provavelmente se juntaram de última hora à procissão pelas ruas do pacato bairro da cidade do interior.


Todos cantam Ave-maria, estão entoando o terço.


Para onde leva a procissão? Para a igreja maior.


Humanos seguem um humano com o poder de levá-los ao céu.

Para onde leva a procissão?
Éramos quatro, agora somos duas novamente. Resta a saudade.



segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pensamentos sobre o livre arbítrio


Sugiro que só leia esse texto se tiver com tempo para reflexão.
Hoje tivemos uma leitura muito engrandecedora, que falava sobre a soberba.
"Para que ser humilde, se ninguém repara?" Porque a humildade por si só traz paz e pureza a nossas vidas.
O soberbo nunca está só: carrega consigo em todos os lugares o egoísmo e a ganância. Inimigos cruéis. Uma auto-destruição. Solidão interior. Solidão eterna enquanto inconsciente destes inimigos morais.
Mas, merece um ser humano para sempre ficar na solidão eterna? Para sempre ser infeliz?
Não. Merece um ser humano ter mais uma chance de reparar seus erros? Merece quantas chances forem necessárias. E se ele morrer antes de compreender tais questões? Terá outras chances.
Deus não seria injusto se desse toda a condição a um homem e a desgraça a outro, sendo ambos Seus filhos?
Por que Deus gostaria mais de um e menos de outro? Daria mais a um e menos ao outro?
Por que nasce alguém com anomalia e outrem não? Com retardo mental? E se fosse seu filho, seu neto, você, que está lendo?
Por que uns morrem dormindo e outros adoecem, perecem, por meses e anos, até morrerem?
O que fez a pessoa para ser merecedora?
O que fez a família para ser merecedora?
(PAUSA)

Deus, em sua sabedoria, JUSTIÇA e bondade infinitas (e olha que a palavra justiça foi destacada), não permitiria que isso ocorresse. Seus filhos são iguais, tendo os mesmos direitos e deveres.
Desta maneira, se estamos neste tempo-espaço vivendo o que vivemos, é porque disso precisamos para nosso aprimoramento moral. Para nosso adiantamento e progresso morais.
O ser humano terá quantas chances forem necessárias, até que chegue a Deus, bondade e amor absolutos.
SOMOS RESPONSÁVEIS PELOS NOSSOS PENSAMENTOS E ATOS. ARCAMOS COM AS CONSEQUÊNCIAS DE TAIS ATOS. COM TODAS AS CONSEQUÊNCIAS.
Hitler não ficará impune. Nem os responsáveis pelas bombas atômicas. Nem o homem que matou o seu filho com um tiro na cabeça. Não se preocupe. E arder no fogo do inferno, capaz. Não é plausível raciocinar que Deus criaria o homem para viver na Terra, nascer gauche, errar e acabar ardendo no fogo do inferno por toda a eternidade.
Sendo bondade e amor absolutos, é de se pensar que, admitindo-se a existência deste Ser Supremo, Deus não nos enviará ao inferno ou ao céu. Nós nos enviaremos aos diferentes planos de acordo com nosso adiantamento. Deus não castiga. Nós, sim, a nós mesmos. É a Lei. Causa e Efeito.
(PAUSA)
Da Grécia da Antiguidade ficaram-nos muitos e bons ensinamentos. Um deles está escrito na entrada do templo de Delphos : "...Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os Deuses". Conhece-te a ti mesmo.
Na Bíblia, temos: "Vós sois deuses", disse o Mestre de Nazaré (Salmo 82:6 e João 10:34).
"Podeis fazer tudo que faço e muito mais", acrescentou ainda.
Jesus disse que não julga ninguém (João 8:15,12:47).
Então, quem nos julga/julgará? Pensemos. Reflitemos.
(PAUSA-ÚLTIMA)
Por fim, o LIVRE-ARBÍTRIO.
Somos responsáveis pelo dia que vamos ter: decidimos começar bem o dia, agradecendo a Deus pelo dom da vida, pela fé, por nossa família, nosso cônjuge, nossos filhos, nossa saúde, nosso lar, nosso pão, pelo Sol, pelo vento, por nosso trabalho, nossas próximas férias, por estarmos respirando sem aparelhos... Sendo honestos, sinceros, amorosos, humanos.

Podemos, entretanto, decidir começar mal o dia: reparando na dor nas costas, nas contas a pagar, no problema do outro em cuja resolução não poderemos colaborar, no tempo chuvoso, no mal caráter do político, na grosseria de um chefe, e em tantas outras preocupações que só enchem a nossa cabeça e nada nos faz progredir. Podemos gritar, brigar, sacanear, mentir, roubar, encher a cara, ludibriar.
Somos nós quem decidimos o caminho, a cada manhã!
Somos nós quem decidimos seguir o não os caminhos do amor e de Deus.
Decidamos ser felizes. Decidamos estar em Deus. Decidamos estar em Paz.
Que nossos corações sejam repletos de bondade.
Que assim seja.


sábado, 4 de abril de 2009

DO BOM E DO MELHOR


DO BOM E DO MELHOR
(Leila Ferreira)


Estamos obcecados com "o melhor".
Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".
Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho. Bom não basta. O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor". Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante. Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros!...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários. Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência? Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto? O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"'? Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos. A casa que é pequena, mas nos acolhe. O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito. O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos". As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo. O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem. O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.
Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?...